Você sabe quem mora ao seu lado? Na porta da frente ? No seu andar?
Você conhece o seu vizinho? Sabe como ele tem passado durante esse tempo difícil na pandemia do coronavírus? Ele, talvez, esteja precisando da sua ajuda. Em condomínio temos a boa e velha política da “boa vizinhança” que consiste em não dar festas com som alto, brigas de casais, choro de crianças e latido de cães. Morar em um condomínio nem sempre é sinônimo de sossego, mas todas as complicações relacionadas a boa vizinhança podem ser resolvidas de acordo com a Lei 4591/64, denominada Lei do Condomínio. primeiramente o bom senso de ambos os condôminos em respeitar os direitos de cada um. O artigo 554 trata bem essa questão: “O proprietário, ou inquilino de um prédio tem o direito de impedir que o mau uso da propriedade vizinha possa prejudicar a segurança, o sossego e a saúde dos que o habitam”, a questão é conhecer seu vizinho além de gerar segurança para você e para ele, ajuda na constituição do equilíbrio e evita problemas futuros que possam vir a ocorrer.
Muitas vezes, vizinhos são para a vida toda. Mesmo assim é bem comum hoje em dia um morador não conhecer com quem divide a mesma parede, “as pessoas acham que moram em uma ilha, não sabe o nome do porteiro, nem o nome do vizinho de porta, caso aconteça alguma emergência”.
Os benefícios de ter esse conhecimento de quem divide o mesmo bloco ou andar que você, vão desde segurança a auxílios que um pode oferecer ao outro, um relato frequente voltado para a questão de segurança que pode ser utilizado como exemplo, você e seu vizinhos são amigos e um conhece a rotina do outro, um dia atípico seu vizinho não foi trabalhar e ficou em casa, mas ele sabe que você esta trabalhando e começa a ouvir barulhos no seu apartamento, moveis se arrastando, e quando ele nota estão tirando coisas de sua residência, sabendo que você esta no trabalho automaticamente ira avisar você e a polícia.
Agora mudando o ponto de vista do mesmo relato, você não conhece seu vizinho e ele não sabe nem o seu nome, se houver uma movimentação estranha aparentando uma mudança no seu apartamento, ele não irá estranhar em nada, seu vizinho não sabe quem é você ou o que você está fazendo, tudo ira parecer estranho mas normal ao olhar do vizinho e você só ira saber quando chegar em casa e não tiver nada.
O ponto é conhecer a pessoa que mora ao lado ajuda a tornar o dia a dia um pouco mais fácil, em emergências quando estiver sozinho em casa ou quando realmente não tiver ninguém em casa seu vizinho pode estar ali e te ajudar, e saber como construir essa relação é muito importante, Um dos fenômenos da modernidade é o individualismo. O pouco convívio em sociedade pode ser observado na vida de vários indivíduos e se reflete em todos os âmbitos sociais.
Precisamos falar sobre o ano atípico, e como as coisas mudaram do começo da pandemia até os dias atuais.
É de conhecimento de todos que para se evitar a propagação do vírus, quem puder, fique em casa. Porém por tanto tempo assim não tem sido fácil. Agora vamos pensar um pouco a situação de quem está em grupo de risco, como pessoas idosas, com doença crônica, gestantes, por exemplo, que deve se expor sob qualquer circunstância. Complicado não é mesmo?
Se você não pertence ao grupo de risco, que tal praticar a solidariedade e ajudar quem mais precisa em seu condomínio? Mesmo que você não o conheça tão bem assim.
Em tempos de pandemia, pessoas ficaram vulneráveis só em questões de saúde como também por questões financeiras. Pessoas foram demitidas, reduziram salários e muitas delas dão prioridade para pagar contas como: condomínio, conta de água, luz, por exemplo. Muitas vezes faltando algum tipo de alimento na mesa, coisas básicas como: arroz, feijão, carne. Se sobrar na sua mesa, dívida e juntos podemos superar tempos difíceis como essa.
Mas como eu posso ajudar os meus vizinhos?
Hora de se unir – a distância
As pessoas estão apreensivas e assustadas. Com medo e preocupadas com suas saúdes e de seus familiares, dos amigos e inseguras a respeito do seu futuro social e econômico. Muitas delas estão trabalhando em casa, nunca tinham feito isso antes e precisam se adaptar de forma brusca. O distanciamento de uma hora para outra também preocupa, em especial aquelas pessoas que vivem só e longe da família. Com tantas notícias quem pode causar angústia e ansiedade, é preciso evitar que as pessoas sofram sozinhas.
Calma! Você pode ajudar de maneira simples!
Promova encontros com seus amigos e pessoas da sua comunidade via Skype, Zoom ou qualquer outra plataforma.
Ajude os pais de primeira quarentena
Se você não está nesta situação, com certeza no seu condomínio há pais com seus filhos em casa. Nem eles nem ninguém contavam com esse cenário que estamos passando.
Que habilidades você tem a oferecer? Vale de tudo, claro, desde que seja online: ofereça ajuda em alguma lição de casa das crianças, doe seu tempo para distraí-las com algumas atividades. NÃO ESTÁ FÁCIL PARA NINGUÉM.
Fique à disposição
Se você mora em um condomínio, faça um cartaz pequeno e peça autorização para colar nos elevadores e áreas comuns informando o seu número de apartamento e de celular, colocando-se à disposição para ajudar quando for necessário. Fale com o síndico e pergunte se ele conhece alguém que esteja precisando de ajuda.
Evite o contato físico
Assim que falar com os seus vizinhos, nada de abraços, beijos ou apertos de mão – pelo menos até todo esse pesadelo chamado Coronavírus passar, deve-se evitar ao máximo. Gestos e atitudes para ajudar o próximo são mais do que o suficiente para mostrar a sua gentileza e solidariedade.
Fique atento na hora das compras
Se você vai fazer compras para um vizinho, peça para que ele faça uma lista detalhada com tudo o que precisa. Assim você evita dúvidas e poderá fazer todas as compras de uma vez só.
Além disso, é importante não aceitar o cartão vizinho ou de outra pessoa, uma vez que o documento é de uso pessoal. O recomendado é que a pessoa dê o dinheiro ou faça transferência para a sua conta.
Oriente os vizinhos após as compras
Assim que entregar as compras, não esqueça de orientar o seu vizinho a higienizar todos os produtos antes de armazenar em um local limpo e desinfetado.
É interessante que o administrador ou síndico levante dados dos moradores como, faixa etária, horários em que estão em casa, se tem muitas famílias, ou seja, que ele conheça o perfil dos moradores deste condomínio.
Um público que não pode ser esquecido pelos síndicos são os idosos. Estamos em fase de vacinação contra a COVID-19 em idosos.
Muitas vezes esse grupo vive sozinho e o condomínio pode ser uma forma de se interagir com esse público como por exemplo, criar grupos temporários ou permanentes no WhatsApp. Um bom exemplo de se praticar a solidariedade é perguntando se eles precisam que compre algo ou até mesmo levar este para ir vacinar. O Facebook é também um ótimo aliado para a comunicação condominial.
Grupos fechados permitem que sejam tomadas decisões por meio de enquetes,votações e até discussões ocorram na rede. Além disso, os eventos podem ser promovidos e divulgados por meio dessa mídia social.
Se os moradores já se conhecem e troca experiências pessoais, estarão mais suscetíveis a tomar decisões com mais calma pois se conhecem entre si. Não deixe que uma decisão importante do seu condomínio seja o único motivo para que os vizinhos se reúnam em prol do coletivo. De certa forma a integração em momentos de lazer pode trazer a integração que os moradores precisam para quando for necessário união para uma decisão importante seja mais fácil superar uma dificuldade do condomínio, assim como manter a segurança do local e de sua própria residência, assim como o ditado diz “a união faz a força” a união entre todos os residentes de um mesmo condômino junto a administração, desenvolve um bom lugar para se morar com opções de lazer e segurança para todos.
Neste ano caiu por terra a frase, ninguém solta a mão de ninguém foi trocada por ninguém segura a mão de ninguém. Mas mesmo de longe nós podemos nos ajudar.
