A busca por maior produtividade passa por aspectos da saúde ocupacional e pela compatibilização do trabalho ao trabalhador, e aí entra o estudo da ergonomia.
A ergonomia na maioria das vezes é definida como o estudo das interações do homem com seus equipamentos e ambiente de trabalho, porém, é muito mais do que isto. A análise gerada por esse estudo tem o intuito de tornar toda atividade o mais confortável possível para aquele que a executa, adaptando-se de forma coerente, ao meio em que ele e encontra, maximizando sua produtividade e segurança, consequentemente gerando lucro para a empresa.
Entretanto quando tratamos do setor de construção civil a Norma Regulamentadora de nº17 (NR 17) é a que detém os parâmetros de segurança a serem seguidos. Norma que deve ser seguida por toda empresa que tem empregados sob o regime CLT. Embelecida por conta das inúmeras intempéries que podem ocorrer em um canteiro de obras, e para a padronização da qualidade.
As principais especificidades presentes na norma são:
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Desautoriza o transporte de cargas caso o perigo de acidente seja claro. A empresa inclusive deve fornecer técnicos para facilitar esse tipo de atividade.
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Todas as peças da mobília que se encontram no local de trabalho devem facilitar ao Máximo o trabalho executado. Garantindo as melhores condições de postura e visão.
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Caso exista alguma função na qual o colaborador possa estar sentado enquanto a executa, a análise deve se voltar para o melhor uso da posição possível. E caso o colaborador não possa ficar sentado durante toda a execução, uma cadeira deve ser utilizada para os intervalos de descanso.
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Todos os equipamentos que serão utilizados devem estar alinhados às características físicas e psicológicas dos colaboradores.
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Caso o trabalho tenha um alto grau de exigência intelectual, padrões devem ser gerados para gerar menos fadiga e evitar erros.
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A NR17 abrange também algumas especificações referentes à organização do trabalho. Essas são atribuídas ao modo de operação, exigências de tempos, normas e de produção, focando nas operações e ritmo de execução.
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Se a atividade exigir uma sobrecarga muscular, a avaliação de desempenho deve levar isto em consideração.
Na norma se faz presente os três tipos mais latentes de ergonomia.
A ergonomia física, organizacional e a cognitiva. Cada uma delas diz respeito a um ramo de conhecimento que pode favorecer a compreensão sobre o desempenho de certa atividade, seja ela, física ou intelectual.
Ergonomia física tem como principal objeto de estudo:
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A postura no trabalho;
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O manuseio de instrumentos;
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Existência de movimentos repetitivos;
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Projeção dos postos de trabalho;
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Segurança e saúde do trabalhador;
Com a finalidade de conquistar o maior desempenho dos colaboradores em suas tarefas. A ergonomia física também visa realizar estudos antropométricos, para classificar biótipos ao analisar as dimensões do corpo humano.
Mas o objetivo principal é sem dúvida orientar os trabalhadores para que preservem sua saúde física.
Já a ergonomia organizacional preza pela evolução da gestão e atividades administrativas que gerem um impacto positivo no ambiente de trabalho. Tendo como principais itens:
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Intervenções na cultura da empresa;
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Aprimorar as comunicações de trabalhos realizados em grupo;
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A organização temporal do trabalho;
Este tipo de ergonomia utilizando as ferramentas certas pode gerar indicadores com o objetivo de orientar e propor melhorias gestão. Tais indicadores abrangem: eficácia, eficiência, produtividade, qualidade, inovação e lucratividade.
A ergonomia cognitiva trata dos métodos mentais usados pelo ser humano na realização de suas tarefas e como eles afetam suas relações com outros componentes de um sistema. Entre esses métodos podemos colocar em evidência o raciocínio, resposta motora, percepção e memória.
Os principais tópicos avaliados por esse tipo de ergonomia são referentes à carga mental gerada pelo trabalho, são eles:
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A forma como ocorre à interação entre o homem e as máquinas;
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A confiabilidade humana; s
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Os processos de tomada de decisão;
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O desempenho especializado;
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O estresse de origem profissional;
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O arranjo para a interação da pessoa com o sistema;
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Treinamento constante;
Aliás pode-se dizer que a ergonomia cognitiva recomenda a avaliação e intervenção em questões que podem influenciar no nível mental dos trabalhadores.
Portanto tendo como principal objetivo a tomada de ações que diminui o estresse no trabalho.
Apenas das três ergonomias terem seus objetos de estudos bem fragmentados, o objetivo final acaba sendo o mesmo. A prevenção da incidência de fadiga no ambiente de trabalho. Pois, ao identificar os geradores do cansaço e onde se encontram os pólos de estresse e sobrecarga, combater as causas se torna mais fácil.
Assim, a ergonomia segue evoluindo, ao adicionar os softwares de monitoramento de fadiga como SAFTE-FAST (Sleep, Activity, Fatigue, and Task Effectiveness que no Brasil está sendo mais utilizado para o monitoramento de dados e mapeamento estatístico de fadiga no setor de aviação civil, mas também sempre alinhado às práticas clássicas como a ginástica laboral, prática que consiste em exercícios de baixa intensidade que levam em torno de 5 a 10 minutos, e tem sido de grande importância na construção civil.
O interesse por gestão da qualidade na construção civil foi alavancado na década de 1980 por conta da exigência dos clientes quanto à qualidade e o padrão das edificações e o aumento da verticalização nas grandes metrópoles, logo se fez necessário uma maior organização e produtividade por parte das construtoras, que perceberam que o conforto e bem estar de seus operários era imprescindível para a melhoria do sistema.
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