A temporada de calor está se aproximando, e a piscina do condomínio passa a ter a presença maciça dos condôminos. Pensando nisso, elaboramos algumas dicas de segurança na piscina do condomínio, sem esperar que o verão chegue e, com ele, as preocupações que cercam os pais. Confira!
Os afogamentos constituem um índice preocupante
Embora tenha havido uma queda significante no número de afogamentos no Brasil, o país está em terceiro lugar no números de mortes ao redor do mundo. Essas taxas estão concentradas, principalmente, na faixa etária até 14 anos, segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA).
Ainda segundo o boletim da SOBRASA, os afogamentos costumam acontecer com mais frequência nos meses de novembro a fevereiro, sendo que mais de 65% ocorrem nos finais de semana e feriados e mais de 50% entre às 10h e 14h. Os afogamentos entre as crianças de 1 a 9 anos acontecem mais por quedas em piscinas e em seu entorno, geralmente em suas próprias residências.
A estrutura da piscina e os primeiros socorros
A área que cerca qualquer piscina, inclusive a do condomínio, deve possuir uma grade de proteção de, pelo menos 1,5m. Além disso, deve permanecer trancada, de modo a não permitir o acesso por crianças desacompanhadas. Além disso, a piscina deve conter piso antiderrapante em seu entorno e deve estar protegida com capas que aguentem, pelo menos, 120 quilos.
Outro ponto importante é sobre a limpeza da piscina e o uso dos equipamentos. Os mesmos devem estar longe do alcance das crianças, da mesma forma que os produtos químicos utilizados para limpeza e os equipamentos devem estar desligados quando houver crianças utilizando a piscina.
Os brinquedos devem ficar longe da área da piscina, de forma que não aconteça de caírem dentro da água. É essencial também que no condomínio haja algum adulto com treinamento em primeiros socorros. Os primeiros socorros são imprescindíveis no caso de acidentes, onde cada segundo pode ser a diferença entre a vida e o óbito do acidentado. Para se ter uma ideia, apenas 2 minutos são necessários para que uma criança perca a consciência dentro da água. Portanto, o condomínio deve ter moradores e funcionários treinados para agir em caso de emergências. Se houver algum acidente, o síndico pode se responsabilizar judicialmente se o condomínio não tomar as medidas adequadas.
Prevenção é o caminho
A segurança na piscina do condomínio é, portanto, item essencial para evitar acidentes e, para tanto, existem algumas prevenções básicas.
O primeiro ponto é não deixar as crianças brincarem sozinhas na piscina. Mesmo sabendo nadar, uma criança pode ter problemas e entrar em pânico, sem saber como reagir a uma situação de emergência. Quanto às crianças de 1 a 4 anos, elas devem estar sempre com um adulto próximo, a uma distância de, no máximo, um braço de diferença. Saiba que são necessários somente 30 centímetros de água para uma criança pequena se afogar. Portanto, o cuidado é necessário mesmo nas piscinas infantis.
Os pais sempre acabam sendo taxados como chatos, pois estão sendo pedindo para as crianças pararem de correr em volta da piscina. Pois bem, a chatice tem uma razão de ser. Embora o piso que fica em torno da piscina deva ser, obrigatoriamente, antiderrapante, muitas vezes não é o que acaba acontecendo. É bastante comum as crianças correrem em volta da piscina e se machucarem por ali.
Conversar com as crianças, portanto, é sempre muito importante, mostrando os riscos que elas estão expostas, entendendo o tamanho do perigo. Peça-as para evitar também de brincar de “dar caldo” e de jamais nadarem sozinhas.
No caso das crianças pequenas, é sempre preferível que usem o colete salva-vidas do que as boias de braço, que podem ser retiradas facilmente pela criança. Além disso, é aconselhável evitar as boias tipo “pneu”, que podem escorregar do corpo da criança ou fazê-la virar de ponta cabeça.
Porque crianças se afogam mais
Além das questões que envolvem desde as atitudes no momento do pânico, até a própria habilidade dentro da água, existe outra razão para as crianças se afogarem com mais frequência.
As crianças mais jovens possuem a cabeça e o membro inferiores mais pesados do que o restante do corpo. Assim, tem maior propensão a perder o equilíbrio, podendo se afogar em pequenas porções de água. Outro fator é a massa corporal. Por serem menores, o processo de afogamento fica mais rápido.
Outros cuidados
Existem outros perigos no uso da piscina e por conta disso a presença de adultos se torna tão importante. A filtração da água pode fazer com que existam pontos sucção espalhados pela piscina. Esses pontos podem sugar cabelos compridos, fazendo com que a pessoa, principalmente as crianças, fique submersa por longos períodos. A atenção também deve ser canalizada para as escadas. Algumas são pequenas e podem prender uma criança no espaço da escada e da parede da piscina.
Existem outros perigos, menores do que o afogamento, mas que podem também machucar. Objetos no fundo da piscina podem causar cortes e machucados. Tenha sempre um plano de manutenção que inclua não só a limpeza da piscina, mas também a manutenção das bombas, checagem do piso e do aquecimento, se houver.
O mais importante é que a diversão seja garantida, com segurança.
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